quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O Príncipe e o Pobre - Um conto sobre a inveja!


Em um lugar que todos conhecem, mas em um reino que nem todos querem conhecer havia dois jovens: um era príncipe e o outro era pobre. Ambos eram de origem simples, ambos tinham a mesma idade e se conheciam.

Conheciam-se porque o príncipe tinha o hábito de ajudar o pobre nas muitas aflições que tinha. E o pobre sempre ia procurar o príncipe quando se achava em situação de aperto.

O príncipe era um rapaz de boa aparência, embora não fosse tão lindo. Tinha posses herdadas do Rei. Estava sempre montado em seu corcel ou levado por seus servos. Era provido de muito e o suficiente para si e para dar aos outros. Morava no castelo, um lugar misterioso e desconhecido para o pobre.

O pobre teria melhor aparência, se não lhe fosse tantas vezes negada a oportunidade de cuidar de si. Talvez tivesse até mais beleza que o príncipe. Sentia fome, sentia frio e desejava muitas coisas que não conseguia alcançar.

O que o príncipe não sabia era que o pobre estava sempre em dificuldade porque não se conhecia o suficiente para dar o passo do tamanho de suas pernas. Era rebelde e não servia ao Rei. Assim ele acabava sempre por se enrascar em algum projeto que se transformava em problema. Precisava sempre a intercessão do príncipe.

O que o pobre não sabia é que o príncipe era adotado pelo Rei. Pelo seu nascimento não tinha o direito de estar ali. Mas a dedicação ao Rei era tanta que ele foi adotado como filho. O Rei o amava de tal maneira que daria um filho nascido dele pelo príncipe.

Um dia, visitado por um anjo, o pobre foi interrogado... “O que deseja que lhe seja feito? Lembre-se que tudo o que ganhar será dado ao príncipe em dobro para a justificação do seu próprio coração.” Respondeu o pobre sem sequer hesitar: “Desejo que me seja arrancado um olho. Assim o príncipe não terá mais como desfrutar com plenitude de tudo o que tem.” Perguntou o anjo ao pobre: “Você acha isso justo?”

O Homem que queria ouvir o Criador.


Triste um homem sentou-se debaixo de uma árvore e começou a reclamar. Precisava tomar uma decisão e queria ouvir o Criador. Confiava que o que ouviria seria de grande proveito como orientação, mas não conseguia entender o que chegava como sinais até ele.

Triste reclamava e se lamentava sem saber se o Criador o respondia ou se era ele quem não ouvia.

Vendo a aflição do homem a árvore o interrogou querendo saber se poderia ajudar, levando o refrigério de sua sombra às angústias de sua alma. O homem, então, contou à árvore seu sofrimento. Precisava de resposta. Apenas isso.

A árvore não entendeu porque ele não tinha a resposta ainda. Não podia também satisfazer-lhe o desejo. Mas havia uma coisa que ela podia fazer: contar-lhe como o Criador respondia suas orações.

Prontamente a grande árvore começou a explicar ao homem suas aflições e como o Criador a cultivava.

Nasci da terra, pela palavra do meu D’us. E aqui estão plantadas minhas raízes. Aqui necessito de sol e de chuva; precioso que outros seres venham e joguem aos meus pés folhas e substancias que se tornarão meu alimento. Para isso dependo do meu Senhor e oro todos os dias agradecendo sua providência que não falha.

Mas se eu não fizer a minha parte, não serei alimentada e certamente morrerei. Minhas raízes precisam descer na terra, para capturar nutrientes e água... Minha copa precisa se abrir ao sol para que, iluminada, produza vida. Meu tronco precisa estar forte e firme para suportar as tempestades que vem. E certamente D’us não permitirá que caia de mim uma folha sequer, sem que Ele saiba disso.

O homem ficou a pensar no que a árvore lhe falava com tanta fé. Então descobriu que sua busca não era em vão, mas deveria ser tenaz, como a raiz da árvore. Seu coração não deveria estar fechado, mas deveria se abrir a luz do Criador para ser capaz de perceber o que acontecia ao seu redor e sua fé deveria estar firme, como um tronco, a fim de aguentar a tempestade que morava em sua vida naqueles dias.

Foi aí, então, que a nuvem negra se foi e na brisa mansa ele entendeu a resposta do Criador. Sempre esteve ali e ele ainda não tinha percebido.

Sentar-se debaixo de uma árvore para ler um livro nunca mais foi igual.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O Aquário.



Quando chegou tinha sofrido muito com a mudança de onde estava para seu novo lugar. Fora transportado de um lugar onde talvez se perdesse, fosse desmontado, para um lar, cujo dono o recebera com carinho, pronto para cuidar dele. Era como uma pessoa, uma ovelha sem pastor... Antes a mercê de qualquer um que se aproximasse e o tratasse como quisesse. E muitos haviam chegado perto dele para bater em seu vidro. Agora tinha quem o protegesse: seu dono o havia comprado. E seria guardado. Estava salvo, ganhou um pastor. Mas ainda não estava bem.

Aquários são como jardins, precisam ser cultivados. Precisam ser protegidos. São como a terra do coração. Não podem receber qualquer coisa dentro de si. Podem morrer se isso acontecer. Precisam de carinho para se equilibrarem, precisam de estar a salvo para viverem de fato.

E o Aquário se mostrou quase a morte. Embora em seu coração o dono mantivesse esperança de sua reação, de sua recuperação. E trabalhasse firmemente para isso.

A água do Aquário estava turva. Permaneceu assim por quinze dias. Dava para ver sua luta em recuperar das feridas feitas, a agressão sofrida. Quando acendiam suas lâmpadas, apenas seres de aspecto repugnante se mostravam. Estavam ali por um propósito de limpeza, mas isso não diminuía sua aparência. Eram vermes e lesmas presas a conchas. Difícil foi acreditar que teria vida... Mas seu dono cuidava dele com zelo e amor. Acreditava nele. Mas por estes dias o Aquário esteve como doente, aguardando o tempo de mudança, cumprindo o ritual de ser limpado.

Quinze dias e sua água revelou-se clara. Mas ainda havia um problema: estava esverdeada. E o Aquário que tinha pensado já estar pronto, ainda inspirava cuidado. E como alguém que necessita de ajuda para liberta-se totalmente, o ele precisou de interferência externa para conseguir se equilibrar. Ali estava, mesmo que o Aquário não tivesse percebido antes. Uma presença havia que nunca o tinha abandonado, como a presença do Deus Vivo ao lado de seus filhos. Era uma pequena bomba que até hoje funciona dia e noite, purificando suas águas, como purifica o sangue vertido na cruz; e um termostato, aquecendo o Aquário do frio, como as consolações do Espírito Santo aquecem os corações de quem busca ao Deus Eterno.

Mas como disse, suas águas estavam verdes. Era o sinal de uma doença. Uma infestação por algas. E esta infestação poderia matar o Aquário porque poderia retirar o oxigênio da água. As plantas morreriam, até os vermes faleceriam. E o jardim se transformaria em morte.

Porém, seu dono, carinhoso e atento, rapidamente interferiu como mandando uma palavra de bênção e vida sobre o Aquário, que o fez reviver. Limpou suas águas das algas, o protegeu da luminosidade excessiva e o auxiliou no caminho de se equilibrar. Foi preciso seguir regras e o Aquário foi guiado por um caminho, uma lei que o protegeu da infestação. A lei que regia a vida em suas águas, mantinha o oxigênio e controlava a população de algas. Seu dono, com o filtro que funcionava sempre e o termostato que nunca parava, auxiliaram o Aquário que finalmente via suas águas tornaram-se límpidas.

Então, após alguns testes, após todo cuidado ele finalmente recebia peixinhos. Pequenas vidas que até hoje pulam em suas águas, nadam e tornam aquele lugar feliz.

Quanto aos vermes e às plantas que com ele chegaram... Agora são sustentados pela vida que suas águas geram, assim como os coloridos peixinhos.

É como um coração. Chega às mãos do Deus Senhor de Tudo cansado, poluído, precisando de carinho, de limpeza, de equilíbrio. Cuidado com amor, tratado por leis que o protegem, o cercam, fica claro, limpo, equilibrado e finalmente gera vida, águas vivas que fluirão do seu interior.

É preciso um dono para cada um de nossos aquários. Que este dono seja Aquele que conhece todas as leis e possuidor de graça infinita.


segunda-feira, 19 de março de 2012

Está morrendo.

O que será que acontece com uma árvore quando está fora da terra? Um peixe fora da água, um falcão com asas cortadas?...
O sentido da visão não é o mais privilegiado na maioria dos mamíferos, é verdade. Mas daí, apesar de ver colorido, vir perdendo a visão desde os 40 anos... Será que se conseguir viver 100 anos ficará cego?
A olfação seria o primeiro sentido, eu acho. Mas seu nariz gripado geralmente tem apenas presença estética já que o que ele ser esforça em expressar por minúsculas e opacas palavras não é ouvido.
Ah! Sim! A audição. Está perdida. Só ouve na horizontal, quando na direção certa das orelhas e mesmo assim se escolher isso.
O tato sua violência e desrespeito está eliminando.
Sobra o paladar. Mas sua boca só serve para engordá-lo cada vez mais.
Os outros dois sentidos que existiam sequer são conhecidos porque já foram extintos.
Mesmo assim não consegue voltar para a terra se for uma árvore, ou para a água se for um peixe; nem mesmo resgata suas asas se for um falcão. Prefere murchar devagar até o fim.
O que dizer desta raça desplantada de D’us?  Está morrendo.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Tesouro secreto.

Ninguém ganha de D´us um tesouro para o qual não esteja qualificado.
Se você tem um tesouro de
D´us em suas mãos acredite que é qualificado e que sua guarda não depende apenas da sua capacidade.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Luar.

Por fim se pára diante de uma luz que não conhecia...
Assim como o brilho da lua, que não é seu, apenas reflete, 
E rouba parte desta luz para si.

Luar,
Minha essência é feita de poesia e música.

E depois de beber de uma fonte que também não lhe pertence, 
Apenas jorra do interior,
É possível correr nas asas do vento,
No sopro de vida do D'us Eterno, seu Ruach.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Andando nas Alturas!

É interessante como as pessoas em certas épocas param e escolhem caminhos.
É estranho! Eu escolhi um caminho e faço por percorrê-lo até hoje.
Apenas um caminho.
É porque se todo ano eu for recomeçar, nunca chegarei a lugar nenhum...
E eu quero chegar a algum lugar.
Daí, um caminho.
Escolhi o estreito.

Então as pessoas que me amam ficam colocando proteções em torno de mim.
A queda de altos lugares pode ser fatal.
E as religiões tem o hábito de colocar placas de aviso. Talvez para controle. Ainda não sei de quem.
Mas guarda-corpo e sinalização não te guardam em um caminho estreito.
O segredo deste caminho é uma lamparina para se saber onde pisar.
E equilíbrio para pisar firme.
Porque à luz e com equilíbrio você anda em caminhos da largura do seu pé, em qualquer altura.

Que concordem comigo todos os equilibristas deste mundo!!
Feliz 2012.
(Salmo 119:105 e Evangelho de João 14:6).

Ana Cristina – 30 de dezembro de 2011.